Desertos verdes: a expansão do desmatamento e das monoculturas no sul do Brasil (1964-2000)

Descrição: O bioma da Mata Atlântica passou por diversas transformações desde ocupação dos grupos indígenas na região. Com a chegada dos europeus houve um aceleramento dessas alterações e degradação de áreas, principalmente no sudeste e nordeste do Brasil, onde havia a ocupação Mata Atlântica. Na região Sul deste bioma, a ocupação e o desmatamento foi intensificado no final do século XIX e durante os dois primeiros quartéis do século XX. Dentre as fitofisionomias que foram amplamente devastadas está a Floresta de Araucária ou Floresta Ombrófila Mista, que na atualidade os seus remanescentes correspondem a menos de 3% da mata original no sul do país. Com o desmatamento houve uma redução do volume madeirável, e outras atividades econômicas, como agropecuária e monoculturas de árvores exóticas, se intensificaram. O objetivo deste projeto é investigar o processo histórico das transformações socioambientais no sul do Brasil, mais especificamente onde era ocupado pela floresta de Araucária, após 1964 até os anos 2000, em função dos incentivos ao desmatamento e das práticas de introdução de monocultura em grande escala, que catalisaram a descaracterização da paisagem nos espaços onde foram introduzidas. Alavancadas pela Revolução Verde, este processo esteve intrinsicamente conectado com outros em escala global, que objetivaram desde a atender ao mercado externo, até mesmo a importação de pacotes tecno-científicos ? que geraram uma série de perdas irreparáveis ao meio ambiente..

Integrantes: Samira Peruchi Moretto - Coordenador.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa.